As causas exatas do pterígio ainda não são completamente compreendidas, mas alguns fatores de risco têm sido identificados. A exposição prolongada à luz solar sem proteção adequada, bem como ambientes secos e empoeirados, aumentam as chances de desenvolver pterígio. Além disso, pessoas que vivem em regiões com altos níveis de radiação UV, como áreas tropicais e subtropicais, têm maior probabilidade de desenvolver essa condição.

Os sintomas do pterígio variam de pessoa para pessoa e podem incluir vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho no olho, visão borrada e, em casos avançados, alterações na visão. Em estágios iniciais, o pterígio pode não causar desconforto significativo, mas com o tempo pode progredir e afetar a qualidade de vida do indivíduo.

O diagnóstico do pterígio é feito por um oftalmologista durante um exame ocular completo. Geralmente, o médico pode identificar visualmente o crescimento anormal sobre a córnea. Em casos de pterígio avançado ou complicado, testes adicionais, como a medição da visão e exames de imagem, podem ser necessários para avaliar a extensão do problema.

O tratamento do pterígio depende da gravidade dos sintomas e do impacto na visão. Em estágios iniciais, medidas conservadoras, como o uso de colírios lubrificantes e óculos de sol para proteção UV, podem ser suficientes para aliviar os sintomas e retardar a progressão da condição. No entanto, em casos mais avançados, onde o pterígio interfere na visão ou causa desconforto significativo, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

A cirurgia de remoção de pterígio é um procedimento relativamente simples realizado por um oftalmologista especializado. Durante a cirurgia, o tecido conjuntivo anormal é removido e a córnea é coberta com um enxerto de tecido saudável, geralmente retirado da própria conjuntiva do paciente ou de um doador. A recuperação após a cirurgia geralmente é rápida, com poucos casos de recorrência.

Embora a maioria dos casos de pterígio seja benigna e possa ser tratada com sucesso, existem algumas complicações potenciais a serem consideradas. Uma delas é a recorrência do pterígio após a cirurgia, que pode ocorrer em até 30% dos casos, especialmente em pacientes mais jovens ou em regiões com alta exposição solar. Além disso, em casos raros, o pterígio pode causar astigmatismo ou outras irregularidades na superfície da córnea, afetando a visão de forma permanente.

A prevenção do pterígio é possível adotando medidas simples de proteção ocular. Isso inclui o uso de óculos de sol com proteção UV sempre que estiver exposto ao sol, especialmente em ambientes com alta radiação UV. Além disso, o uso de óculos de proteção durante atividades ao ar livre, como esportes e jardinagem, pode ajudar a reduzir o risco de irritação ocular e lesões na córnea.

Manter os olhos bem lubrificados com colírios prescritos pelo médico também pode ajudar a prevenir o pterígio, especialmente em pessoas que passam longos períodos em ambientes secos e empoeirados. 

Além disso, consultas oftalmológicas regulares são fundamentais para detectar precocemente qualquer alteração na saúde ocular e iniciar o tratamento adequado, se necessário.